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quarta-feira, 16 de junho de 2010

A primeira Copa do Mundo que o Brasil ganhou

O Brasil na Copa de 1958 na Suécia: campeão
6 jogos | 5 vitórias e 1 empate | 16 gols a favor e 4 gols sofridos | saldo de gols +12.

Final: 29/junho/1958
Brasil 5 x 2 Suécia
Local: Raasunda (Estocolmo)
Árbitro: Maurice Guigue (França)
Gols: Liedholm 4, Vavá 8 e 32 do 1º tempo; Pelé 11, Zagalo 23, Simonsson 35, Pelé 44 do 2º.
BRASIL: Gilmar; Djalma Santos, Bellini, Orlando, Nílton Santos; Zito, Didi; Garrincha, Vavá, Pelé, Zagalo.
SUÉCIA: Svensson; Bergmark, Axbom; Borjesson, Gustavsson, Parling; Hamrin, Gren, Simonsson, Liedholm, Skoglund.


A final dessa Copa de 58, meu pai contava assim:
Minha irmã nascera em janeiro, com perfeita saúde. Poucos meses depois desenvolveu uma doença desconhecida pelo médico (naquele tempo era assim, o médico dizia que não sabia o que era) o que obrigou a família a múltiplas despesas e improvisos.
Na manhã desse dia, minha irmã em uma encubadeira com oxigênio no meio da sala, o médico veio vê-la (naquele tempo os médicos vinham ver seus pacientezinhos em casa). Dr. Lerner, mandou minha mãe dormir, pq passára a noite ao pé de minha irmã, uma vez que a encubadeira não era monitorada por computadores (naquele tempo).
Meu pai então ficou incumbido do serviço.
Ligou o radinho ao lado e prestava atenção ao jogo e à minha irmã, intercaladamente.
Conhecendo meu pai como o conhecia, imagino a aflição e o nervosismo que passou naquela dupla função de torcedor e enfermeiro.
O final da história, deixarei meu pai contar:
"Quase no final do jogo, 4 a 2 pro Brasil, eu escutava baixinho, para ouvir a respiração da Bequinha (Isabel), aquele nervoso, pensando que eles podiam empatar, ainda faltavam 10 minutos…
Aos 43 minutos do segundo tempo eu olhei para a tampa da encubadeira e estava toda cheia de gotinhas de água por dentro. O médico tinha dito que aquilo não podia, talvez tivesse acabado o oxigênio; e então eu ouço o Pelé chegando, marcando o 5º gol e arranco a tampa da encubadeira e a Bequinha começou a respirar sozinha!"
Esta é a segunda Copa em que meu pai não está mais conosco. Esse jogo permance como o mais emocionante que já ouvi, pela mistura que meu pai fazia, como se dois milagres tivessem acontecido naquele dia e ao mesmo tempo, a primeira Copa que o Brasil vencia e a vitória da minha irmã contra a doença.

E a boba aqui (com 1 ano e meio) dormindo ao lado da minha mãe, perdendo tudo isso :)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A uma amiga que perdeu seu melhor amigo…

«Se eu podia viver sem animais? Podia, mas não era mesma coisa!» :)





Obrigada pelo teu amor absolutamente incondicional por nós.
Os anos que viveste connosco foram os mais felizes da minha vida e os que mais me fizeram crescer.
Obrigada por tudo o que me ensinaste, sobretudo a ser totalmente responsável pela saúde de alguém.
Foi uma grande lição. Desculpa se alguma vez falhei.
Lembrar-me-ei sempre de ti. Amo-te mais do que nunca, meu piriricas!

«Só quem teve um cão sabe o que é ser amado.»
Friedrich Nietzsche



Eu amei o Said de longe, talvez por causa de sua história, ou pq se parece tanto com a minha Cokie…




Ela pegou o Said às margens de uma rodovia, muito machucado, velhinho, quase cego, abandonado à indiferença do mundo.
Cuidou dele, amou, se preocupou, se divertiu, foi amada, sem deixar de ter e cuidar e acudir quantos animais precisaram dela.
Mas o Said foi especial. Ficou com ela quase 9 anos. Morreu dia 6 de janeiro.
Eu só soube agora, problemas da distância que nos separa.
Eu choro daqui com ela, não só por solidariedade, mas por já ter passado por isso, pela história comovente deles dois e pq o amor dela é contagiante. Ler o blog que ela tinha, com fotos e a descrição das peripécias da vida de ambos me fez gostar tanto deles, mas tanto, que me parece que quem perdeu o Said fui eu… e de certa forma fui eu também.
E a respeito de um cachorro e sua dona, de um amor inexplicável para quem não está dentro, de uma história linda que a fez crescer e alegrou a vida de um cãozinho, eu disse a ela e a quantos lerem suas dores e alegrias:

A verdade é que por mais que a gente faça, por mais dinheiro que gastemos, mais tempo que dediquemos, mais amor e carinho que demos, não pagamos 1 décimo do que recebemos e que eles nos dão inconscientemente, incondicionalmente: um amor puro, total e centralizado. Para certos cachorros, muito especiais, é como se o mundo fosse visto através de nós, somos o centro, o fim e o começo, a fonte de tudo e a cada passo que dão, a cada bocado que engolem, a cada suspiro, se voltam para nós, como a agulha da bússola aponta sempre para o norte.
Quando eles se vão, perdemos o pé, o pedestal onde eles nos punham, nos escapa e voltamos à condição anterior, de ser humano, tão somente. Eles nos tornam melhores, nos sentimos mais bonitas, mais nobres, tão necessárias e tudo fazemos para ser realmente dignas de tanto amor. Quando esse cachorro se vai, leva literalmente um pedaço de nós, talvez o melhor.
Graças a Deus que existem centenas de milhares, bilhões de cachorros especiais no mundo.
Nós os fazemos especiais com o nosso amor.

Adeus Said, você é mais uma estrelinha no nosso coração e no Céu de Deus!

O prato de hoje é…Semifredo de Paçoquinha (pudim)

Época de festas juninas, delícias abundam nos supermercados e paçoquinha reina sobre todas. Eu sou apaixonada por esse doce.
Minha caçula queria um pudim de frutas, aquela velha receita com creme de leite e leite condensado. E me diga se até um sapato não fica gostoso de comer com creme de leite e leite condensado!
A receita com frutas pede 1 xícara de suco de fruta concentrado (de garrafa) fervido com 1/2 xícara de açúcar até engrossar um pouco. Eu fui ao mercadinho perto de casa para comprar o suco, mas o mercadinho mudou de dono recentemente e está uma bagunça, não se acha nada no lugar antigo, há buracos nas prateleiras… Fiquei dando voltas lá dentro pensando no que poderia usar no lugar. Então vi as paçoquinhas :)
Pelo sim, pelo não, peguei também um vidro de leite de côco e um pacote de goiabada.
Em casa fiz o sorteio e saiu a paçoquinha :)
Então vou colocar a receita adaptada a esses ingredientes ok?

E vamos ao prato do dia:

Semifredo de paçoquinha (pudim) ou outros sabores
Ingredientes
Para um doce médio você vai usar
1 lata de creme de leite (ou 2 caixinhas)
1 lata de leite condensado
1 pacote de gelatina sem sabor, diluída em 1/2 xícara de água
E para o sabor de:
Frutas: 1 xícara de suco de fruta concentrado a gosto + 1/2 xícara de açúcar fervidos até engrossar
Paçoquinha: 6 paçoquinhas rolha ou quadrada
Côco: 1 vidro de leite de côco + 1/2 xícara de açúcar (use + 1 pacote de côco ralado)
Goiabada: 1/2 xícara de goiabada derretida em 1/2 xícara de água (derreta no fogo ou no microondas)

Modo de fazer
Hidrate a gelatina, colocando a 1/2 xícara de água numa tigelinha e jogando a gelatina por cima. Misture com os dedos para desfazer qq grumo e espere uns minutos. Quando a água estiver toda absorvida, esquente até virar um líquido, no fogo ou em 15 segundos no microondas. Coloque o creme de leite e o leite condensado no liquidificador e acrescente a mistura do sabor. Bata um pouco e despeje a gelatina com o liquidificador em movimento.
Molhe uma forma de buraco no meio e despeje a mistura. Leve para gelar.
Esse semifredo dispensa calda, sendo uma boa sobremesa, fresca sem ser muito gelada e leve.

Ah! E pq semifredo em vez de pudim? Pq agora está na moda chamar pudim de "semifredo". As coisas geralmente são as mesmas, mas o pessoal troca o nome pra valorizar o serviço, deixar mais chic \o/ U lá lá !