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sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Alichela…hummmmm…É o Prato do Dia!

Nas viagens dos sabores que empreendemos na vida, algumas são inesquecíveis!
De crianças que comem às vezes obrigadas, passamos a descobrir coisas maravilhosas que nos surpreendem…nos marcam…e nos obrigam a repetir, repetir, repetir… :D
A Alichela é um dos sabores inesquecíveis da minha vida!
O aliche é uma conserva de peixinhos que nasceu de mãos caprichosas que se empenhavam em aproveitar tudo o que vinha na rede, pensando nos tempos difíceis. Seu marcante e delicioso sabor se espalhou pela cozinha italiana e hoje é ingrediente que aparece em pratos os mais inusitados, para salgar e emprestar sua magia!
A Alichela, assim como o Pesto e a Sardela são monumentos quen nos chegam da cozinha italiana, às vezes adaptados, mas sem nunca esquecerem sua origem.
Bastante salsa, um pouco de cebola e alho, pimenta, limão e orégano, quando se juntam aos filezinhos de anchova, formam uma adorável pastinha que valoriza qualquer pedaço de pão! Torradas, pão italiano fresco, bolachas e até mesmo uma sobra dormida de pão francês, viram um delicioso petisco!
Essas receitas podem transformar um lanchinho numa festa! Acredite!

E vamos ao prato do Dia…

Alichela
Ingredientes
1 maço grande de salsa e cebolinha
1/2 cebola
2 dentes de alho
1/2 pimenta vermelha com as sementes
100 a 200 grs de aliche
sal, açúcar, pimenta do reino e orégano a gosto
óleo e azeite o quanto baste
suco de 1 limão grande

Modo de fazer
Escolha e lave bem o maço de salsa e cebolinha. Pique finamente a cebola, o alho e a pimenta vermelha. Escorra a salsa e a cebolinha e pique muito bem. Misture tudo e reserve. Pique ou amasse os filés de anchova (aliche) e junte. Misture e tempere a gosto. Adicione o suco do limão, o óleo e o azeite. Misture tudo muito bem e verta para um vidro com tampa. Verifique se o óleo cobre bem a mistura, se não, complete até cobrir e conserve em geladeira.
Aproveite bem e delicie-se com essa gostosura :D

Mamãe

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Sardela, Pesto e Maionese de Soja…são Os Pratos do Dia!

A Sardela é um antipasto delicioso, vendido muito caro em delicatessen e na verdade facílimo de fazer. É uma receita possivelmente italiana que foi abrasileirada, muito charmosa e que faz sucesso em qualquer ocasião! Para servir no Natal ou presentear é sempre uma ótima ideia!
Na mesma linha, o Pesto, um molho italiano adaptado ao Brasil pode servir de deliciosa pastinha para torradas ou fatias de pão italiano fresco. A receita é a mesma e fica delicioso como entradinha.
E por último, vou colocar uma maionese vegana de soja que encontrei no blog Forno&Fogão da Carmen, que achei interessante e pode ser útil a eventuais leitores vegetarianos. Com a adição de alguns petiscos pode ser um interessante patê para as festas que vêm aí!

E vamos aos pratos do dia…

Sardela
Ingredientes
1/2 quilo de pimentões vermelhos fatiados
250 gr de cebolas fatiadas
2 dentes de alho fatiados
100 a 150 gr de aliche ou sardinha anchovada
orégano a gosto
pimenta calabresa seca a gosto ou
1 pimenta vermelha picadinha
sal, açúcar, pimenta do reino a gosto
1 copo de azeite
1/2 copo de óleo de girassol ou milho ou ainda Óleo Maria tradicional

Modo de fazer
Numa panela despeje o 1/2 copo de óleo, o pimentão, o alho, a pimenta e a cebola e frite lentamente. Frite até que murchem completamente e diminuam para a metade da quantidade.
Retire do fogo, espere esfriar e moa bem no liquidificador ou processador.
Retorne à panela, acresente os temperos e mantenha em fogo baixinho. Desmanche o aliche em um pouco de azeite e verta na panela. Junte o resto do azeite e continue a cozinhar em fogo baixo. Esta parte demora mesmo pois a ideia é evaporar todo o suco dos legumes. Quando na superfície só restar o azeite bem vermelho borbulhando e nenhum líquido e o fundo da panela aparecer quando mexida a mistura, estará pronta a Sardela. Deixe esfriar e verta para um vidro com tampa. Mantenha em geladeira. Sempre que consumir alguma quantidade, observe se sobra azeite suficiente para cobrir o patê, se não, complete com mais azeite para garantir a durabilidade do produto.

Observação: A Sardela tem muitas versões e podem ser encontradas receitas que incluem tomates ou ainda sardinhas. Na minha opinião, esses ingredientes desvirtuam o sabor. As que se adquirem em boas delicatessen jamais levam tomate e muito menos sardinhas, que abastardam o sabor suave deste antipasto.

Pesto
Ingredientes
1 maço pequeno de manjericão* (ou mangericão)
100 gr de queijo ralado
100 gr de nozes**
2 ou mais dentes de alho
1 pimenta vermelha pequena
sal e pimenta do reino
azeite que baste***

Modo de fazer
Separe e lave as folhas do manjericão e depois seque. Coloque no liquidificador ou processador as folhas, o queijo, as nozes, o alho e a pimenta e pulse algumas vezes. Depois vá despejando o azeite aos poucos até estar tudo bem misturado, Não precisa desfazer completamente pq os pedacinhos dão um charme extra. Acerte o sal e a pimenta do reino. Verta para um vidro com tampa e observe se o azeite recobre bem a mistura, se não, complete até cobrir.
* O manjericão tem folhas grandes. Se forem pequenas, pontudas e meio fechadinhas então é mangerona.
** A receita original pede pinoles mas além de caros e difíceis de encontrar, os pinoles que chegam ao Brasil já chegam meio passados. As nozes, amêndoas e mesmo a castanha do pará substituem bem.
*** É possível utilizar azeite e óleo meio a meio.

Observação: O Pesto vem sendo cada vez mais sofisticado, mas na verdade é um molho para pasta concebido por pessoas sem recursos. É um molho de italianos pobres. O fato de levar azeite e queijo grana padano se deve a serem produtos italianos e baratos por lá. Portanto, para manter o espírito do molho pode-se perfeitamente usar os recursos que se têm à mão, sem gastar os tubos (ou toda uma lata de azeite extra virgem :D).

Maionese de Soja

Ingredientes
2 colhs. de sopa de leite de soja em pó(Suprasoy)

1 xícara de água morna

1 pitada de sal

1 dente de alho

1/2 cenoura
 cozida
1/2 cebola
óleo de milho ou girassol

Modo de Fazer
Bater tudo no liquidificador, acrescentando o óleo em fio até o ponto em que o liquidificador ficar com dificuldade de bater. Deixe esfriar para guardar na geladeira. Dura aproximadamente 5 dias. A maionese depois de gelada endurece mais.

Observação:
Receita retirada daqui http://cljpedroso.blog.uol.com.br/arch2007-09-30_2007-10-06.html. Mesmo o blog estando parado, aconselho a visita pois tem algumas receitas maravilhosas!

domingo, 19 de dezembro de 2010

Aniversário - Fernando Pessoa

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)
15/10/1929

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu era feliz e ninguém estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer anos era uma tradição de há séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa com uma religião qualquer.

No TEMPO em que festejavam o dia dos meus anos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a família,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.

Sim, o que fui de suposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco.
O que fui de serões de meia-província,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui — ai, meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distância!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!

O que eu sou hoje é como a umidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme através das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um fósforo frio...

No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo físico da alma de se encontrar ali outra vez,
Por uma viagem metafísica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!

Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que há aqui...
A mesa posta com mais lugares, com melhores desenhos na loiça, com mais copos,
O aparador com muitas coisas — doces, frutas, o resto na sombra debaixo do alçado —,
As tias velhas, os primos diferentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus anos...

Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço anos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o for.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...

O tempo em que festejavam o dia dos meus anos!...

Dispersão - Mário de Sá-Carneiro

Paris, maio, 1913

Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto,
E hoje, quando me sinto,
É com saudades de mim.

Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...

Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.

(O Domingo de Paris
Lembra-me o desaparecido
Que sentia comovido
Os Domingos de Paris:

Porque um domingo é família,
É bem-estar, é singeleza,
E os que olham a beleza
Não têm bem-estar nem família).

O pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que te abismaste nas ânsias.

A grande ave dourada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.

Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traiu a si mesmo.

Não sinto o espaço que encerro
Nem as linhas que projeto:
Se me olho a um espelho, erro —
Não me acho no que projeto.

Regresso dentro de mim
Mas nada me fala, nada!
Tenho a alma amortalhada,
Sequinha, dentro de mim.

Não perdi a minha alma,
Fiquei com ela, perdida.
Assim eu choro, da vida,
A morte da minha alma.

Saudosamente recordo
Uma gentil companheira
Que na minha vida inteira
Eu nunca vi... Mas recordo

A sua boca doirada
E o seu corpo esmaecido,
Em um hálito perdido
Que vem na tarde doirada.

(As minhas grandes saudades
São do que nunca enlacei.
Ai, como eu tenho saudades
Dos sonhos que não sonhei!...

E sinto que a minha morte —
Minha dispersão total —
Existe lá longe, ao norte,
Numa grande capital.

Vejo o meu último dia
Pintado em rolos de fumo,
E todo azul-de-agonia
Em sombra e além me sumo.

Ternura feita saudade,
Eu beijo as minhas mãos brancas...
Sou amor e piedade
Em face dessas mãos brancas...

Tristes mãos longas e lindas
Que eram feitas Pra se dar
Ninguém mas quis apertar
Tristes mãos longas e lindas

Eu tenho pena de mim,
Pobre menino ideal...
Que me faltou afinal?
Um elo? Um rastro?... Ai de mim!,..

Desceu-me na alma o crepúsculo;
Eu fui alguém que passou.
Serei, mas já não me sou;
Não vivo, durmo o crepúsculo.

Álcool dum sono outonal
Me penetrou vagamente
A difundir-me dormente
Em urna bruma outonal.

Perdi a morte e a vida,
E, louco, não enlouqueço...
A hora foge vivida,
Eu sigo-a, mas permaneço,..
.....................................
.....................................

Castelos desmantelados,
Leões alados sem juba

Despedidas - Affonso Romano de Sant´Anna

Começo a olhar as coisas
como quem, se despedindo, se surpreende
com a singularidade
que cada coisa tem
de ser e estar.

Um beija-flor no entardecer desta montanha
a meio metro de mim, tão íntimo,
essas flores às quatro horas da tarde, tão cúmplices,
a umidade da grama na sola dos pés, as estrelas
daqui a pouco, que intimidade tenho com as estrelas
quanto mais habito a noite!

Nada mais é gratuito, tudo é ritual
Começo a amar as coisas
com o desprendimento que só têm
os que amando tudo o que perderam
já não mentem.


Affonso Romano de Sant'Anna (Belo Horizonte, 27 de março de 1937) é um escritor brasileiro.
Foi cronista do jornal O Globo até 2005. Atualmente escreve para os jornais Estado de Minas e Correio Braziliense.

Consoada - Manuel Bandeira

Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.

À Sierguei Iessiênin - MAIAKOVSKI

(Tradução de Augusto de Campos)



"Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito, e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
É sinal de um encontro futuro.

Adeus, amigo, sem mãos nem palavras.
Não faças um sobrolho pensativo.
Se morrer, nesta vida, não é novo,
Tampouco há novidade em estar vivo."

(Essiênin suicidou-se, cortando os pulsos num quarto de hotel, em Leningrado. Espantosamente, o suicídio de Iessiênin fez com que Maiakovski escrevesse estes versos.)

Maiakovski, que apoiou a revolução comunista russa, foi por ela aprisionado e morto.

Poema em linha reta - Fernando Pessoa

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


Os versos acima, escritos com o heterônimo de Álvaro de Campos, foram extraídos do livro "Fernando Pessoa - Obra Poética", Cia. José Aguilar Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 418. http://www.releituras.com/fpessoa_linhareta.asp

Cântico Negro - José Régio

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces

Estendendo-me os braços, e seguros 

De que seria bom que eu os ouvisse

Quando me dizem: "vem por aqui!" 

Eu olho-os com olhos lassos, 

(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) 

E cruzo os braços, 

E nunca vou por ali...

A minha glória é esta: 

Criar desumanidade!

Não acompanhar ninguém.

- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade 

Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde 

Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos, 

Redemoinhar aos ventos, 

Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,

A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi

Só para desflorar florestas virgens, 

E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!

O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem 

Para eu derrubar os meus obstáculos?... 

Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós, 

E vós amais o que é fácil! 

Eu amo o Longe e a Miragem,

Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas, 

Tendes jardins, tendes canteiros,

Tendes pátria, tendes tectos, 

E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios... 

Eu tenho a minha Loucura !

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura, 

E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe; 

Mas eu, que nunca principio nem acabo, 

Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!

Ninguém me peça definições! 

Ninguém me diga: "vem por aqui"! 

A minha vida é um vendaval que se soltou. 

É uma onda que se alevantou. 

É um átomo a mais que se animou... 

Não sei por onde vou, 

Não sei para onde vou 
-
Sei que não vou por aí!


dito por João Villaret

A um ausente - Carlos Drummond de Andrade




Tenho razão de sentir saudade,

tenho razão de te acusar.

Houve um pacto implícito que rompeste

e sem te despedires foste embora.

Detonaste o pacto.

Detonaste a vida geral, a comum aquiescência

de viver e explorar os rumos de obscuridade

sem prazo sem consulta sem provocação

até o limite das folhas caídas na hora de cair.




Antecipaste a hora.

Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.

Que poderias ter feito de mais grave 

do que o ato sem continuação, o ato em si,

o ato que não ousamos nem sabemos ousar

porque depois dele não há nada?




Tenho razão para sentir saudade de ti,

de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos, nem isso, voz

modulando sílabas conhecidas e banais

que eram sempre certeza e segurança.




Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto nas leis da amizade e da natureza

nem nos deixaste sequer o direito de indagar

porque o fizeste, porque te foste.
 

À Espera dos Bárbaros - Konstantinos Kaváfis

À Espera dos Bárbaros
Konstantinos Kaváfis (1863-1933)
trad. José Paulo Paes.


O que esperamos na ágora reunidos?

É que os bárbaros chegam hoje.

Por que tanta apatia no senado?

Os senadores não legislam mais?

É que os bárbaros chegam hoje.

Que leis hão de fazer os senadores?

Os bárbaros que chegam as farão.

Por que o imperador se ergueu tão cedo

e de coroa solene se assentou

em seu trono, à porta magna da cidade?

É que os bárbaros chegam hoje.

O nosso imperador conta saudar

o chefe deles. Tem pronto para dar-lhe

um pergaminho no qual estão escritos

muitos nomes e títulos.

Por que hoje os dois cônsules e os pretores

usam togas de púrpura, bordadas,

e pulseiras com grandes ametistas
e
anéis com tais brilhantes e esmeraldas?

Por que hoje empunham bastões tão preciosos

de ouro e prata finamente cravejados?

É que os bárbaros chegam hoje,

tais coisas os deslumbram.

Por que não vêm os dignos oradores

derramar o seu verbo como sempre?

É que os bárbaros chegam hoje

e aborrecem arengas, eloqüências.

Por que subitamente esta inquietude?

(Que seriedade nas fisionomias!)

Por que tão rápido as ruas se esvaziam

e todos voltam para casa preocupados?

Porque é já noite, os bárbaros não vêm

e gente recém-chegada das fronteiras

diz que não há mais bárbaros.

Sem bárbaros o que será de nós?

Ah! eles eram uma solução.

Toma lá cinco - Alexandre O'Neill

Poema da noite


Encolhes os ombros, mas o tempo passa...
Ai, afinal, rapaz, o tempo passa!

Um dente que estava são e agora não,
Um cabelo que ainda ontem preto era,
Dentro do peito um outro, sempre mais velho coração,
E na cara uma ruga que não espera, que não espera..

No andar de cima, uma nova criança
Vai bater no teu crânio os pequeninos pés.
Mas deixa lá, rapaz, tem esperança:
Este ano talvez venhas a ser o que não és...

Talvez sejas de enredos fácil presa,
Eterno marido, amante de um só dia...
Com clorofila ficam os teus dentes que é uma beleza!
Mas não rias, rapaz, que o ano só agora principia...

Talvez lances de amor um foguetão sincero
Para algum coração a milhões de anos-dor
Ou desesperado te resolvas por um mero
Tiro na boca, mas de alcance maior...

Grande asneira, rapaz, grande asneira seria
Errar a vida e não errar a pontaria...
Talvez te deixes por uma vez de fitas,
De versos de mau hálito e mau sestro,
E acalmes nas feias o ardor pelas bonitas
(Como mulheres são mais fiéis, de resto...)



Alexandre Manuel Vahia de Castro O'Neill de Bulhões (Lisboa, 19 de dezembro de 1924 - Lisboa, 21 de agosto de 1986) - Foi um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa. Publicou livros de prosa e organizou antologias. Foi tradutor de Jarry, Dostoievski, Maiakovski, Brecht e Nora Mitrani. Trabalhou como redator de publicidade e assinou colunas no jornais portugueses, Diário de Lisboa, A Capital e Jornal de Letras.

Retirado do Blog do Noblat para onde foi enviado por Pedro Lago, do Corujão da Poesia

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

7 Deliciosos Sanduíches com Vegetais… São os Pratos do Dia

No verão a gente nem tem vontade de comer, quanto mais de fazer comida…
Estas ideias, entre vegetais, grãos e pastinhas, queijos e frios leves, frutas e verduras são deliciosas, leves, de fácil de digestão, além de melhorarem a hidratação. Também são responsáveis por um bom aporte nutricional, com vitaminas e sais minerais.
As crianças vão gostar e no meio da mistureba que é cada sanduíche, provavelmente não verão uma ou outra coisa que não gostam de comer.
Não vou dizer que não dá trabalho, dá um pouco sim, mas somente uma vez! Lave e seque todas as verduras, legumes e frutas, prepare as pastinhas, os recheios fritos ou cozidos e os patês e armazene os frios e pães! 7 receitas dão para uma semana na praia por exemplo, 7 refeições leves, mas não pobres nutricionalmente. Experimente sair do ramerrão!
Para os vegetarianos é uma festa :D


Sanduíche de beterraba com rúcula (para 4)

Ingredientes
2 beterrabas médias raladas cruas

2 cenouras médias cruas

6 colheres de maionese light

Suco de 1 limão

2 xícaras de chá de folhas de rúcula picadas 

2 colheres de sopa de azeite de oliva

Sal e pimenta-do-reino a gosto

8 fatias de pão preto

Modo de preparo
Misture a cenoura, a beterraba, a maionese e o suco de limão até formar uma espécie de pasta. Reserve. Tempere o azeite com o sal e a pimenta-do-reino. Jogue esse molho sobre as folhas de rúcula, já distribuídas sobre as fatias de pão. Por último, ponha a pasta de beterrabas e sirva como lanche.

Sanduíche de queijo e vegetais (para 4)

Ingredientes


1 xícara de agrião sem o talo

4 colheres de sopa de cream cheese light

1 colher de sopa de molho shoyu

½ xícara de leite desnatado

Sal a gosto

2 pães sírios cortados ao meio e abertos como uma bolsa

4 folhas de alface rasgadas 

8 palitos de kanikama cortados em fatias finas


Modo de preparo
No liquidificador, bata o agrião, o cream cheese, o molho shoyu, o leite e o sal. Reserve. Na parte de dentro do pão, espalhe 2 colheres de sopa dessa mistura de agrião. Em seguida, recheie o pão com a alface e o kanikama.

Sanduíche picante (para 10)

Ingredientes
1 kg de berinjela

2 colheres de sopa de óleo de canola

1 cebola grande

2 pimentões cambuci

2 tomates maduros

1 ½ colher de chá de chilli em pó

1 dente grande de alho amassado

1 colher de chá de gengibre em pó

½ maço de folhas de coentro

10 pães sírios

Modo de preparo
Aqueça o forno a 260 C. Coloque a berinjela numa assadeira e leve-a ao forno. Asse por entre 20 e 25 minutos ou até que fique tenra. Mergulhe-a em água fria. Deixe-a esfriar e retire a pele. Amasse a berinjela com uma colher de pau.
Reserve. Coloque o óleo numa frigideira e leve ao fogo para aquecer bem. Junte a cebola picada e frite por alguns minutos, até que esteja ligeiramente dourada. Adicione os pimentões picados e cozinhe por mais 10 minutos, mexendo às vezes. Acrescente os tomates picados e cozinhe por mais 5 minutos. Junte a berinjela e tempere com o chilli, o alho e o gengibre. Misture bem e cozinhe por mais 10 minutos. Transfira para uma travessa, decore com o coentro e sirva com o pão sírio. Cada um faz o seu!

Sanduiche de chester com maçã (para 4)

Ingredientes
Meia xícara (chá) de maionese

Meia xícara (chá) de uva passa branca sem sementes

8 fatias de pão de fôrma light sem casca

4 folhas de alface crespa

1 tomate médio cortado em tiras

4 fatias de chester

1 maçã pequena picada
Folhas de alface


Modo de preparo
1- Em uma tigela média, junte a maionese e a uva passa. Misture, divida em quatro porções e reserve.

2- Em uma superfície seca, coloque quatro fatias de pão, sobre cada fatia coloque uma folha de alface, cubra com meia porção da mistura reservada, 2 rodelas de tomate, uma fatia de chester e fatias da maçã. Cubra com o restante da porção reservada e finalize com 1 fatia de pão. Decore com folhas de alface e sirva em seguida.

Variação
Se preferir, misture ao recheio meia cenoura ralada.

Dica Prefira as maçãs vermelhas.

Sanduíche francês de vegetais (para 1 baguete)
Receita da nutricionista Vanderlí Marchiori

Ingredientes

1/2 beterraba cozida
1 colher de chá de azeite de oliva

2 colheres de sobremesa de salsa crespa picada

Sal a gosto

1 colher de sobremesa de mostarda

2 colher de sobremesa de água

1 baguete

1 pepino em rodelas finas

1 tomate não muito maduro em rodelas finas

4 folhas de alface

4 azeitonas pretas

1 rabanete em rodelas muito finas

1 colher de café de sementes de papoula


Modo de preparo
Bata no liquidificador a beterraba com o azeite de oliva, a salsa, o sal, a mostarda e a água. 

Sobre um dos lados da baquete aberta, arrume o pepino, o tomate, as azeitonas, a alface e por último o rabanete. 

Regue o sanduíche com o molho de beterraba, salpique com a papoula e feche

Sanduíche de ervas e mandioquinha (para 16)
Receita criada pela equipe de culinaristas da ABIMA

Ingredientes

12 fatias de pão de fôrma sem casca

1 copo de patê de ervas

1 copo de purê de mandioquinha

Patê base
200 g de ricota fresca

150 g de manteiga

250 ml de leite fervendo

50 g de queijo do tipo parmesão

1 colher das de sobremesa rasa de gelatina em pó incolor (dissolver conforme instruções da embalagem)

Sal e temperos a gosto

Patê de ervas
1 copo de patê base sem gelar

1/2 xícara das de chá de ervas frescas, salsa, cebolinha e manjericão

Sal e temperos a gosto

Purê de mandioquinha
1 copo de mandioquinha cozida e passada ainda quente pela peneira

100 g de manteiga

2 colheres das de sopa de patê básico sem gelar

Sal, noz-moscada e temperos a gosto


Modo de preparo

Patê base Bata todos os ingredientes no liquidificador até ficar com uma consistência cremosa e leve para gelar.

Patê de ervas Bata todos os ingredientes no liquidificador e leve para gelar.

Purê de mandioquinha Bata em batedeira todos os ingredientes até ficar um purê bem cremoso.

Montagem
Em uma fôrma coloque 4 fatias de pão e cubra com o purê de mandioquinha.
Cubra com mais uma camada de pão e espalhe uma camada de patê de ervas.
Cubra com as fatias de pão restantes e leve para gelar. 
Desenforme, corte em quadradinhos e decore como quiser.

Sanduíche com pasta de grão-de-bico (para 6)

Ingredientes


1 xícara de chá de grão-de-bico cozido e escorrido

½ xícara de chá de água

1 dente de alho

½ xícara de chá de maionese

2 colheres de sopa de hortelã fresca picada

12 fatias de pão de fôrma 100% integral

1 pepino japonês cortado em tiras finas

2 rabanetes médios com casca cortados em tiras finas 


Modo de preparo
Bata no liquidificador o grão-de-bico, a água e o alho até obter uma pasta homogênea. Coloque em uma tigela média e acrescente a maionese e a hortelã. Misture e reserve.

Coloque 6 fatias de pão e distribua a pasta reservada, o pepino e o rabanete. Cubra com os pães restantes, formando o sanduíche. Sirva em seguida.

Receitas retiradas do site http://trigoesaude.com.br/index.shtml
Há muito mais coisas boas nesse site!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Os biscoitos de Natal da caçula… :D

Podem ser pendurados na árvore e comidos no Natal!
Que ideia boa para presente né? Preço e novos modelos veja em: www.villedouce.com




Vaja que lindos e que delícia! Cobertos com glacê de açúcar macio!


Gosta de biscoito caseiro e de Natal? Essa é mistura perfeit... on Twitpic

Os Cupcakes da Minha Caçula… :D

Me fala se não são lindoooooooos! Olha o capricho e o cuidado da minina :D O sabor é panetone com gotas de chocolate hemmmmmmm =9 A embalagem com 6 sai por 30 reais!







Olha o Natal aí gente! Esses cupcakes estão na medida para ... on Twitpic

Um molho fresco para o verão…É o Prato do Dia

Macarrão é sempre uma ótima opção para quando estamos com pressa ou sem vontade de ficar muito tempo na cozinha. Exatamente como ficamos no verão ou nas férias.
O problema é, macarrão com o que? Qual molho?
O molho fresco é uma excelente ideia, pq é muito rápido, saborosíssimo e leve! Sem carne e sem frescuras (:D)!
Você pode deixar feito desde cedo, na geladeira e na hora do almoço é só cozinhar o macarrão e adicionar o molho gelado sobre a massa ainda quente!
Eu não imagino quem inventou esse molho (talvez alguma preguiçosa rsrsrs) mas certamente é uma ideia de gênio!



E vamos ao prato do dia…


Molho Fresco para Macarrão
Ingredientes
500 gr da massa de sua preferência
700 gr de tomates beeeeem maduros
1/2 cebola
1 dente de alho
1/2 xícara de chá de salsinha
4 a 6 folhas de mangerição
6 azeitonas verdes ou pretas
3 fatias de queijo fresco light
1/3 de pimenta vermelha sem sementes
sal, açúcar, azeite, pimenta do reino e orégano

Modo de fazer
Pique ou passe no processador todos os ingredientes (menos a massa claro :D e a azeitona e o queijo). Se usar o liquidificador, use a tecla pulsar ou ligue e desligue várias vezes, a fim de picar mas não liquefazer o troço. Fica mais gostoso pedaçudinho. Acrescente a azeitona e o queijo e tempere a gosto. Guarde na geladeira, na parte mais baixa.
Quando cozinhar a massa, ao escorrer tempere o macarrão com azeite, misture o molho gelado e sirva.
Sugiro uma salada leve de folhas e pão italiano para acompanhar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Blooming Onion do Outback (P/ fazer em casa) É o prato do Dia!

Este post, eu copiei igualzinho do
http://comacomosolhos.com/
que por sua vez copiou do
http://gourmet.updateordie.com/2010/03/13/a-cebola-do-outback/
. É maravilhosa! Se você quiser ver uma foto, aqui
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&tbs=isch%3A1&ei=4cKbS9q6Js2QtgfW5ZC2AQ&sa=X&oi=spell&resnum=0&ct=result& cd=1&q=blooming+onion+cutter&spell=1&start=0&biw=1024&bih=613
ela aparece em várias posições.
Eu já fiz e dá certo mesmo! A cebola obviamente não fica igualmente bonita, mas eu não tenho a traquitana certa, então sigo o esquema abaixo. Pode arriscar pq fica deliciosa, mas se você tem ressalvas quanto a pimentas, aconselho a retirar da mistura 2 pq fica realmente muito apimentada!

via Hamburguer Perfeito
Pessoal, recebemos essa dica do nosso amigo Carlos Taparelli, e a receita é do Rafael Mantesso, do ótimo blog Marketing na Cozinha. Ele postou essa receita no Update or Die, e achamos tão sensacional, útil e bem explicada que vamos reproduzir as palavras do Rafael aqui. Enjoy:
A Blooming Onion tem 2 segredos: a cebola e o molho. Se você acertar nos dois já tem 85,8% da receita e não vai precisar aturar aqueles garçons agachados do Outback, fingindo simpatia (nós, do hambúrguer perfeito, concordamos plenamente, veja nosso ranking do atendimento).
Nos Estados Unidos eles usam cebolas especiais para este prato, elas são 4 vezes maiores que as nossas, o segredo como disse, é escolher uma cebola grande, escolha a cebola italiana ou espanhola. Os outros ingredientes são fáceis!

E vamos ao prato do dia…



Ingredientes
PARA A CEBOLA 
• 1 Cebola italiana ou espanhola gigante 
• 1 ovo 
• 1 copo de leite 
• 1 copo de farinha de trigo 
• 2 colheres de farinha de fubá 
• 1 1/2 colher de chá de sal 
• 1 1/2 colheres de chá de pimento vermelha em pó 
• 1/2 colher de chá Pimenta do Reino em pó 
• 1/4 colher de chá de oregano seco 
• 1/8 colher de chá tomilho em pó 
• 1/8 colher de chá cominho 
• Óleo vegetal
PARA O MOLHO 
• 1/2 copo de maionese 
• 2 colheres de chá de ketchup 
• 2 colheres de chá creme de raiz forte 
• 1/4 colher de chá de páprica 
• 1/4 colher de chá de sal 
• 1/8 colher de chá de oregano seco 
• Pitada de Pimenta do Reino em pó 
• Pitada de Pimenta Vermelha em pó

Modo de fazer
1. Prepare o molho misturando todos os ingredientes numa vasilha pequena. Mantenha o molho coberto na geladeira até a hora de servir. 
2. Bata o ovo e misture com o leite numa vasilha grande o suficiente para caber a cebola. (mistura 1) 
3. Numa vasilha separada, misture as farinhas, o sal, as pimentas, oregano, tomilho e o cominho. (mistura 2) 
4. A magia desse prato é sua apresentação. A cebola é cortada como se fosse uma flor aberta. Para fazer este corte o Outback utiliza um Blooming Onion Cutter, mas como você não tem um desses em casa vai precisar utilizar uma faca bem afiada. Primeiro corte uns 2cm do topo e da base da cebola (essas são instruções para você que conseguiu uma cebola grande, se estiver fazendo a receita com uma cebolinha pequenininha, use o bom senso). Tire a casca da Cebola. Tire o miolo dela com aproximadamente 2 cm de diâmetro. Agora use uma faca maior para cortar as ‘pétalas’ da cebola. Lembre-se para não cortar até o final e sim deixar uma beirola para a cebola não desmanchar. O ideal é fazer o primeiro corte bem no meio da cebola, girar a cebola 90 graus e cortar de novo fazendo uma espécie de ‘X’ como se estivesse fatiando uma torta. Vá cortando as seções da cebola sempre no meio com muito cuidado até ter cortado umas 16 vezes. Lembrando NÃO CORTE ATÉ O FINAL DA CEBOLA PARA NÃO DAR MERDA NA HORA DE FRITAR. Os últimos 8 cortes são bem fininhos, use a mão firme e não fique triste se sua cebola não parecer uma flor certinha, porque mesmo assim ela ficará muito gostosa.
5. Espalhe as ‘pétalas’ da cebola. As seções da cebola tendem a ficar juntinhas, então você deve espalhar bem para facilitar a fritura e torná-la mais homogênea. (uma dica é colocá-la na geladeira por uns minutos com água e gelo).
6. Mergulhe a cebola na mistura 1 e depois, numa outra vasilha, coloque a cebola e vá jogando a mistura 2 por cima até cobri toda a cebola. Lembre de abrir bem as ‘pétalas’ e jogar a mistura na cebola toda. Uma vez que você viu que cebola está bem coberta da mistura 2, mergulhe-a novamente na mistura 1 e depois faça novamente o ritual da mistura 2 lembrando sempre de abrir bem as ‘pétalas’ para um melhor resultado final. Verifique se a parte de fora da cebola está bem coberta da mistura 2. Deixe a cebola descansar na geladeira por 15 minutos enquanto o óleo vai esquentando e ficando pronto pra fritura final.
7. Esquente o óleo numa panela funda até 350 graus. Certifique-se de que está usando óleo suficiente para cobrir toda a cebola quando for fritá-la.
8. Frite a cebola com o lado aberto pra cima por uns 10 minutos ou até ficar dourada (como na foto aí em cima).
9. Quando a cebola ficar dourada (como na foto) remova-a do óleo e deixe-a secar bem num papel-toalha.
10. Abra a cebola com cuidado e coloque a vasilha do molho no centro (como nas fotos).

A receita é detalhada porque já fiz aqui em casa nesse esquema e ficou legal demais, se tentarem, voltem para nos contar.
Valeu, Carlos, Rafael e Update or Die!
nota do SrCCOO: uma das coisas que prometi à mim mesmo, é que o ComaComOsOlhos não teria receitas… Mas essa não dá pra deixar de lado, sabem porquê? Por que funciona! Dá certo!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Batatinhas do Jamie Oliver…É o Prato do Dia

Aquelas batatas bolinha são deliciosas de qualquer maneira que você faça! Frias ou quentes, assadas, cozidas ou fritas, temperadas, ao murro… Há dezenas de maneiras de prepará-las! Eu costumava fazer a receita da minha família, cozidas e mergulhadas em molho frio (que já coloquei aqui como "Batatas Bolinha em Conserva"), mas hoje dia já conheço muitas outras formas de apresentar as batatinhas!
"Aos Murros" é uma das mais fáceis, mas você também pode cozinhar levemente, com a casca e depois mergulhar em óleo quente e fritar!
Então vamos organizar! Você pode:
1. cozinhar com casca em água e sal e
- fritar e salpicar sal e pimenta
- cobrir com molho picante e frio
- descascar e passar na manteiga e salsa
- partir ao meio e fritar rapidamente
- cobrir com maionese e servir com ovos cozidos
2. assar e
- amassar de leve com um "murro", espalhar alho picado e regar com azeite, sal e pimenta e retornar ao forno para corar o alho
- cobrir com queijo ralado, salsa e azeite e voltar ao forno para gratinar

Essas são algumas ideias para aproveitar suas batatinhas. Abaixo a receita do molho do Jaime Oliver. Onde você enxergar um * é um ingrediente que eu coloco mas não está na receita original dele. Sabe como é :D eu não seria eu, se não mexesse um pouco na receita!

E vamos ao prato do dia…

Molho do Jamie Oliver para batatinhas cozidas

Ingredientes:
500 gr de batatinhas cozidas em água, sal e ramos de hortelã
raspas (zestes) de 2 limões sicilianos grandes
o suco desses limões
3 colheres de sopa de alcaparras picadas
5 colheres de sopa de azeite de oliva
sal e pimenta do reino a gosto
1 colher de chá de açúcar
folhas de hortelã a gosto
1/2 cebola média finamente picada*
1 dente de alho finamente picado*
1/2 pimenta vermelha picadinha, sem sementes*

Modo de fazer
Enquanto as batatinhas cozinham, raspe os limões e junte o suco deles às raspas. Acrescente o sal, a pimenta e o açúcar. Coloque o azeite e misture bem. Descarte os ramos de hortelã e a água em que cozinharam as batatinhas, escorrendo bem. Misture ao molho e acrescente as alcaparras. Rasgue folhinhas de hortelã por cima de tudo.
Se você quiser, misture a cebola, o alho e a pimenta vermelha picados ao molho.
Sirva morna.
É deliciosa e diferente e fica ótima para aperitivo ou como acompanhamento para carne ou frango assado!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Torta de Escarola…É o Prato do Dia!

Esta delícia eu aprendi com uma vizinha, Dna. Idalina, que nem mora mais por aqui. Mas a torta é maravilhosa! Antes eu a fazia com a massa de abrir, mas agora faço com a massa mole de liquidificador, que é mais prática e tem a vantagem de não ficar molhada com o líquido que se forma do cozimento da escarola.
É uma torta muito prática pq os ingredientes, além da escarola, vc mesma decide e escolhe conforme seu gosto ou o que tiver no armário ou na geladeira! Eu fui acrescentando coisas à medida que repetia a receita :D
Na verdade é uma grande salada que vc envolve em massa e serve quente ou fria!
É uma receita rápida de fazer e ótima para quebrar um galho de última hora, para um lanche da tarde ou um jantar tardio e também como um prato de férias. Pode ser feita e congelada e continua ótima depois. Além disso, é mais gostosa ainda no dia seguinte!

E vamos ao prato do dia…

Torta de Escarola

Ingredientes (para uma torta bem grande para 4 a 6 pessoas)
1 maço grande de escarola ou 2 pequenos lavados e fatiados grosseiramente
2 tomates fatiados
1 cebola grande em fatias
4 dentes de alho picados
1/2 pimentão de qq cor em fatias
1/2 pimenta vermelha picadinha (opcional)
1/2 xícara de azeitonas de qq cor picadas
6 filés de anchova picados e amassados*
azeite, sal, pimenta do reino, orégano e ajinomoto a gosto

Para a Massa
3 ovos
2 xícaras de chá de leite
1 xícara de chá de óleo
15 colheres de sopa de farinha de trigo
1/4 de cebola
1 dente de alho
sal e pimenta do reino
1/2 xícara de queijo ralado
1 colher de sopa de fermento em pó químico


Modo de fazer
Misture os ingredientes do recheio e tempere a gosto, mexendo bem. Reserve.
Bata a massa no liquidificador, primeiro os ingredientes líquidos e os temperos e em seguida vá acrescentando os secos, aos poucos. Fica bem mole mesmo.
Unte e enfarinhe uma forma bem grande e despeje metade da massa. Ajeite o recheio, espalhando bem. Coloque o resto da massa por cima o mais uniforme que conseguir. Não, não vai cobrir o recheio e é assim mesmo. Conforme for crescendo dentro do forno, a massa envolverá e cobrirá o recheio, não se preocupe.
Leve ao forno pré-aquecido a 180º e asse até dourar levemente ou quando enfiar um palito ele sair seco. Pode servir quente ou fria.



*Se vc não gosta de aliche, use uma lata de atum ou uma de sardinhas amassadas. Pode usar também lascas de mussarela e presunto, ou queijo branco ou ainda frango ou salsicha, ou qualquer sobra que tiver na geladeira.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Berinjela (ou beringela?) à Paulista é… O Prato do Dia

Esta preparação é uma das deliciosas invenções da minha mãe, preferida pelas minhas filhas e consenso na família. Minha mãe nunca colocou um nome nela e eu não sabia se punha à Didi, da Mamma, da Lourdes… Como São Paulo e ser paulista eram as maiores paixões da minha mãe (antes do Palmeiras vejam lá), a ponto de pedir para ter suas cinzas esparzidas sobre São Paulo, de cima do Edifício Itália (o que foi feito, registre-se), resolvi homenageá-la chamando de à Paulista a sua gostosa forma de preparar bering(j)elas rsrrsrs
Como é uma receita caseira, os ingredientes são intercambiáveis, sabe como é? Não tem um deles? Vai sem, troca por outro, inventa… Tem pouco, aumenta um deles… Bem à vontade como deve ser fazer comida, uma obrigação divertida e criativa :D

 E vamos ao prato do dia…



Beringela à Paulista (de forno convencional ou micro-ondas)



Ingredientes (4 pesssoas)
4 beringelas médias
3 tomates maduros picados
1 cebola grande picada
alho a gosto picado
pimenta vermelha a gosto picada
1/2 xícara de salsinha picada
8 azeitonas verdes ou pretas descaroçadas e picadas
sal, pimenta, orégano e azeite de oliva a gosto
1 pitada de açúcar
2 colheres de chá de vinagre
queijo ralado ou farinha de rosca para polvilhar.

Modo de fazer
Lave, tire o cabo e parta as berijelas ao meio, no sentido do comprimento. Com uma faca faça cortes longitudinais na polpa, sem cortar a casca e depois faça cortes horinzontais com a mesma técnica, quadriculando a polpa. Salpique sal e frite rapidamente em um fio de azeite as metades dos dois lados.
Misture os tomates, a cebola, o alho, a pimenta e a salsinha e tempere a gosto com sal, pimenta, orégano, azeite, açúcar e vinagre.
Recheie as beringelas, enfiando a mistura entre os quadradinhos o melhor que puder. Distribua as azeitonas picadas por cima e cubra com queijo ou farinha de rosca.


Arrume numa travessa e regue com azeite. Asse no forno ou no micro-ondas, cobrindo as beringelas em ambos (no forno com papel alumínio e no micro, com tampa ou plástico filme). Asse até a beringela amolecer e o recheio cozinhar e escurecer. Sirva fria ou quente, com arroz branco ou pão fresco e salada.

Esta preparação serve como mistura e, se cortada em pedaços menores depois de assada, como antipasto. Fica picante e condimentada.
Se vc curte, pode misturar ao recheio cenoura ralada ou espinafre cozido e picado, ou ainda 2 colheres de flocos de aveia. Isso aumenta as propriedades nutritivas do prato.
Salpicar gergelim sobre elas antes de assar faz o mesmo efeito, além de ser delicioso!